16 novembro 2012

Estudo do Meio

Nos pés visto veludo rubro.
Persevero amenizar
a passagem.
Meu eufemismo-anteparo
anoitece-me amortece-me
(fios de arame)
o meio rude.

Poupo polpa e calos
cobrir metatarso.
Resvalo o apoio à funda
vala respira,
(do plano faz-se duna)
andança oscilar.

Cascalho vítreo
Afia-se em meu pisar.

Deitasse logo não
houvera risco.
E o meio transformar-se-ia
para ser: se me toque
o vivo o vidro o clima.

Restar pleno,
ser modelo,
do retardar agonia.
E assim cômodo
como sem medo.
Calçado-mentira,
não guarda a retina...
Todo caco
em facho ofusca
solo hostil!

Ileso e cego seguir
elejo a paúra guia,
encerro por aqui.

Encerro por aqui.

C. P. F. - Caio Poeta Fariseu

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